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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Importância do Zinco para a Saúde

Importância do Zinco para a Saúde

Introdução

O zinco é um mineral essencial para o organismo humano, desempenhando funções vitais em diversos processos metabólicos. Sua deficiência é relativamente comum, especialmente em grupos específicos como idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e vegetarianos.

A importância do zinco se estende desde a síntese proteica até a replicação do DNA, sendo fundamental para a manutenção da massa muscular, sistema imunológico e saúde visual. Sua deficiência pode resultar em diversos problemas de saúde, tornando sua adequada suplementação um tema relevante para a saúde pública.

Mecanismo de Ação e Funções Fisiológicas

  • Fundamental para síntese de proteínas e replicação do DNA
  • Essencial para produção e ação de hormônios
  • Necessário para ativação das vitaminas A e D
  • Importante para produção de óxido nítrico e circulação sanguínea
  • Crucial para função da metalotioneína na eliminação de metais pesados
  • Vital para estabilização da glicemia e sensibilidade à insulina

Benefícios

  • Melhora do sistema imunológico
  • Prevenção de infecções
  • Controle da glicemia
  • Manutenção da massa muscular
  • Saúde da pele e combate à acne
  • Fertilidade masculina
  • Prevenção de diarreia crônica
  • Suporte à saúde visual

Fontes Naturais

  • 🦪Ostras
  • 🥩Carnes
  • 🦀Frutos do mar
  • 🐄Produtos animais
  • 🫘Feijão (após tratamento adequado para redução de fitatos)
  • 🫛Leguminosas

Níveis Laboratoriais e Avaliação

A avaliação laboratorial do zinco envolve não apenas a medição isolada deste mineral, mas principalmente sua relação com o cobre, conhecida como razão cobre/zinco. Uma razão cobre/zinco elevada pode indicar processos inflamatórios, alergias, disbiose intestinal ou outras condições que merecem atenção clínica. É importante ressaltar que esta avaliação deve ser feita através de exames de sangue específicos, que podem incluir também a análise de outros minerais relacionados.

  • Avaliação da razão cobre/zinco (ideal próximo a 1)
  • Valores ideais de zinco: 90-120
  • Valores ideais de cobre: 80-90
  • Razão cobre/zinco acima de 1.2 sugere inflamação

Sugestão de suplemetação para Correção de Minerais

1. Para cobre baixo e zinco alto:

  • Cobre quelado, 1 mg. Tomar 3x ao dia.

2. Para cobre alto e zinco baixo:

  • Zinco quelado, 15 mg
  • Molibdênio quelado, 80-100 mcg
  • Vanádio quelado, 80 mcg
  • Cromo GTF, 300 mcg (pode ser picolinato de cromo também)

Principais Advertências sobre a Falta de Zinco

  • Problemas de Desenvolvimento
  • Problemas Imunológicos
  • Problemas na Pele
  • Problemas Musculares
  • Problemas Sensoriais e Metabólicos
  • Problemas de Fertilidade
  • Problemas Oculares

Condições que Requerem Atenção Especial

  • Doença de Wilson
  • Desequilíbrios na Razão Cobre/Zinco
  • Sensibilidade Gastrointestinal
  • Doenças Autoimunes da Tireoide

Fatores que Aumentam a Necessidade

  • Idade avançada (acima de 60 anos)
  • Prática de musculação
  • Dieta vegetariana
  • Exposição a metais pesados
  • Ejaculação frequente em homens
  • Gravidez e lactação

Estratégias de Otimização

  • Consumo com ácidos (limão, vinagre)
  • Evitar consumo conjunto com fitatos
  • Fracionamento das doses
  • Consumo com refeições para melhor tolerância
  • Germinação de leguminosas para redução de fitatos

Sinergia com Outros Suplementos

  • Vitamina A
  • Vitamina D
  • Probióticos (melhoram absorção)
  • Minerais traço (molibdênio, vanádio, cromo)

Dosagens Terapêuticas: Indicações e Posologia

Suplemento Dosagem Modo de Usar Benefícios
Zinco Quelado 10-15mg 2-4x ao dia Suplementação geral
Acetato de Zinco 10mg 9-10x ao dia por 5 dias Combate a infecções
Kelp com Iodine 250mg 1x ao dia Suporte à tireoide

Interações Medicamentosas

O zinco apresenta importantes interações que precisam ser consideradas durante sua suplementação:

Interação com Minerais

  • Cobre: Existe uma relação delicada entre zinco e cobre. A suplementação de zinco pode reduzir os níveis de cobre no organismo. No entanto, é um erro comum pensar que sempre se deve suplementar cobre junto com zinco. A decisão deve ser baseada na razão cobre/zinco individual do paciente.

Minerais Traço

  • Molibdênio, vanádio e cromo: A suplementação de altas doses de zinco pode interferir na absorção destes minerais menores. Por isso, em casos de suplementação prolongada de zinco, pode ser necessário incluir estes minerais para evitar deficiências.

Interações com Alimentos

  • Fitatos: Presentes em grãos integrais, nozes, sementes e leguminosas, podem reduzir significativamente a absorção do zinco.
  • Caseína: Esta proteína do leite pode prejudicar a absorção do zinco.
  • Suplementos minerais: A ingestão simultânea de outros suplementos minerais pode interferir na absorção do zinco.

Facilitadores da Absorção

  • Ácidos orgânicos: Como ácido cítrico do limão e ácido acético do vinagre, podem melhorar a absorção do zinco.
  • Probióticos: E seus ácidos orgânicos também podem aumentar a biodisponibilidade do zinco.

Esta compreensão das interações é fundamental para garantir uma suplementação eficaz e segura do zinco.

Conclusão

O zinco é um mineral fundamental para a saúde humana, com múltiplas funções no organismo. Sua suplementação deve ser considerada em casos específicos, sempre com acompanhamento profissional e monitoramento adequado dos níveis séricos.


⚠️ Nota Importante: Este conteúdo é apenas informativo. Todas as suplementações devem ser realizadas sob orientação médica, após avaliação individual completa e com acompanhamento regular através de exames laboratoriais.


Referências

DiNicolantonio, J., Land, S., et al. WIN: Achieve Peak Athletic Performance, Optimize Recovery and Become a Champion (2021). Published on December 15, 2021.
Know, L., & Niederhauser, M., et al. Mitocôndrias e o Futuro da Medicina A chave para entender doenças, enfermidades crônicas, envelhecimento e a própria vida (2018).
Longo, V. A Dieta da Longevidade Retarde o envelhecimento, combata doenças, otimize o peso (2019).

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

A Vitamina A: Funções, Benefícios e Considerações

A Vitamina A: Funções, Benefícios e Considerações

Introdução

A vitamina A é um nutriente essencial que atua como um verdadeiro hormônio no organismo, sendo fundamental para 100% das células, tecidos e órgãos do corpo. Por ser lipossolúvel, tem a capacidade de atravessar a membrana das células, formando complexos com proteínas e interagindo diretamente com o DNA, além de estabelecer importantes interações com outros hormônios e compostos bioativos.

Esta vitamina desempenha um papel crucial como regulador da expressão de múltiplos genes, exercendo uma ação hormonal no núcleo das células. Sua influência se estende a praticamente todas as células do corpo humano, tornando-a indispensável para diversos processos fisiológicos fundamentais.

2. Mecanismo de Ação e Funções Fisiológicas

A vitamina A atua principalmente através de sua interação com o DNA celular, promovendo a proliferação e multiplicação das células. Como agente anabólico, ela fornece instruções para a produção de proteínas e o desenvolvimento celular. Esta vitamina existe em diferentes formas, incluindo o retinal, que é particularmente importante para a função visual, atuando nas células da retina (cones e bastonetes).

3. Benefícios

  1. Saúde Ocular: Melhora a acuidade visual e visão noturna, previne conjuntivite, produz lágrimas
  2. Sistema Imunológico: Favorece a multiplicação de células imunológicas e produção de anticorpos
  3. Regulação do Sono: Otimiza o ritmo circadiano
  4. Saúde da Pele: Promove uma pele suave e previne problemas dermatológicos
  5. Sistema Respiratório: Mantém a saúde do epitélio respiratório
  6. Sistema Urinário: Previne cálculos renais
  7. Produção Hormonal: Auxilia na síntese de diversos hormônios

4. Fontes Naturais

Fonte Exemplos
Fontes Animais
  • Fígado (bovino, frango, peixe)
  • Peixes gordurosos
  • Gema de ovo
  • Laticínios
  • Manteiga de pasto
Fontes Vegetais
  • Couve
  • Abóbora
  • Cenoura
  • Espinafre
  • Rúcula
  • Espirulina

5. Níveis Laboratoriais e Avaliação

Faixa de referência recomendada: entre 0,4 e 1

  • Abaixo de 0,4: deficiência
  • Acima de 1: excesso

6. Formas de Suplementação

Suplementação máxima recomendada: 10.000 unidades/dia

Óleo de fígado de bacalhau como opção de suplemento

7. Estratégias de Otimização

  • Consumir vitamina A com gorduras boas (azeite de oliva extra virgem)
  • Cozinhar vegetais para melhorar biodisponibilidade
  • Combinar com vitamina E para melhor absorção
  • Limitar consumo de fígado a 150g/semana

8. Sinergia com outros suplementos

  • Vitamina D
  • Vitamina E
  • Vitamina K (K1 e K2)

Tabela de Suplementos

Suplemento Dosagem Modo de Usar Benefícios
Vitamina A Máx. 10.000 UI/dia Sob orientação profissional Saúde ocular, imunidade, pele
Óleo de Fígado de Bacalhau Conforme orientação Com refeições Fonte de vitamina A e D

Conclusão

A vitamina A é um nutriente essencial que requer equilíbrio cuidadoso, pois tanto sua deficiência quanto seu excesso podem causar problemas significativos à saúde. É fundamental manter níveis adequados através de uma dieta balanceada e, quando necessário, suplementação sob supervisão profissional.


⚠️ Nota Importante: Este conteúdo é apenas informativo.Todas as suplementações devem ser realizadas sob orientação médica, após avaliação individual completa e com acompanhamento regular através de exames laboratoriais.


Referências

DiNicolantonio, J., & Land, S. The Mineral Fix How to Optimize Your Mineral Intake for Energy, Longevity, Immunity, Sleep and More Published – March 2, 2021
Beydoun MA, Chen X, Jha K, Beydoun HA, Zonderman AB, Canas JA. Carotenoids, vitamin A, and their association with the metabolic syndrome: a systematic review and meta-analysis. Nutr Rev, v. 77, n. 1, p. 32-45, 2019. Disponível em: PubMed PMID.
Gilbert C. What is vitamin A and why do we need it? Community Eye Health, v. 26, n. 84, p. 65, 2013. Disponível em: PubMed PMID.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Cardo-Mariano: Benefícios e Aplicações

Cardo Mariano: Benefícios e Aplicações

Introdução

O Cardo Mariano (Silybum marianum) é um suplemento tradicionalmente utilizado desde a Grécia Antiga, conhecido principalmente por suas propriedades hepatoprotetoras. Sua substância ativa, a silimarina, tem demonstrado múltiplos benefícios além da proteção hepática, incluindo efeitos positivos na saúde renal, prostática e até mesmo em condições como acne e transtornos obsessivo-compulsivos.

O fígado, principal órgão-alvo deste suplemento, não é um mero filtro, mas sim um complexo órgão metabolizador capaz de realizar diversas transformações bioquímicas, incluindo a conversão de nutrientes e a produção de hormônios e colesterol.

Mecanismo de Ação e Funções Fisiológicas

A silimarina (Cardo-mariano) atua através de dois mecanismos principais:

  1. Ação antioxidante: protege o fígado contra radicais livres e toxinas durante os processos de detoxificação fase 1 e fase 2.
  2. Ativação do NRF2: este "interruptor celular" desencadeia processos benéficos, como aumento de mitocôndrias, melhora das respostas antioxidantes e otimização das enzimas de detoxificação.

Benefícios

  • Proteção contra evolução de hepatites B e C
  • Prevenção de fibrose hepática
  • Proteção contra cirrose
  • Melhora do diabetes tipo 2 (em combinação com berberina)
  • Benefícios para a saúde da pele e acne
  • Proteção renal
  • Saúde da próstata
  • Auxilia na esteatose hepática não alcoolica

Sinergia com outros Medicamentos

A silimarina apresenta efeitos sinérgicos notáveis quando combinada com outros suplementos, especialmente com os suplementos a seguir:

  • Berberina (300mg): potencializa seus efeitos no controle do diabetes tipo2
  • NAC (400mg) e selênio (50mcg):demonstra resultados significativos no tratamento da acne e processos de detoxificação.
  • Zinco e Magnésio:para otimização da função hepática.

Nota:

Adicionalmente, a eficácia na proteção hepática pode ser otimizada quando utilizada a silimarina em associação com zinco e magnésio, acrescentando-se também vitamina E, coenzima Q10, taurina e vitamina A, formando um complexo hepatoprotetor mais abrangente.

Silimarina no Tratamento da Esteato-Hepatite Não Alcoólica: Um Estudo Clínico Randomizado

A esteato-hepatite não alcoólica (NASH) é uma condição comum e progressiva do fígado, frequentemente associada à síndrome metabólica, incluindo obesidade, diabetes e dislipidemia. Apesar de ser uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas, ainda não existem agentes farmacológicos aprovados para o tratamento específico de NASH. Um estudo clínico randomizado teve como objetivo avaliar a eficácia da silimarina, um medicamento herbal derivado do cardo-mariano, na redução das enzimas hepáticas elevadas em pacientes com NASH.

O estudo foi realizado com 64 pacientes, divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo de intervenção (33 pacientes) recebeu 210 mg de silimarina por dia (70 mg, três vezes ao dia) por via oral durante 8 semanas, enquanto o grupo de controle (31 pacientes) recebeu placebo no mesmo regime. Todos os pacientes foram orientados a seguir uma dieta com baixo teor de gordura e carboidratos, além de praticar atividades físicas regulares com o objetivo de perder até 4 kg durante o período do estudo. A inclusão no estudo foi baseada na elevação persistente das enzimas hepáticas ALT e AST em mais de 1,2 vezes o limite superior normal, confirmado por ultrassonografia abdominal. Após 8 semanas, os pacientes que receberam silimarina apresentaram uma redução significativa nos níveis de ALT e AST em comparação ao grupo controle.

Os resultados confirmaram que a silimarina é eficaz na redução das enzimas hepáticas, especialmente a ALT, em pacientes com NASH. Este efeito é consistente com outros estudos que também relataram benefícios da silimarina no tratamento de doenças hepáticas crônicas. A silimarina demonstrou ser uma opção terapêutica complementar promissora para o manejo de NASH, especialmente em combinação com mudanças no estilo de vida. Estudos futuros com maior duração e amostras maiores são necessários para confirmar e expandir esses achados, incluindo a investigação de seus efeitos em parâmetros histológicos e metabólicos mais amplos..

Cuidados, Desafios e Atenção

  • Necessidade de nutrição adequada do fígado para eficácia do suplemento.
  • Importância de verificar níveis séricos de selênio antes da suplementação.
  • Necessidade de remoção de agentes tóxicos para eficácia do tratamento.
  • Importância de uma dieta orgânica e livre de processados.

Fontes naturais

Embora a silimarina seja encontrada principalmente no Cardo Mariano como fonte primária, existem diversos alimentos que contribuem para a saúde hepática geral. Entre os principais, destacam-se as brássicas (brócolis, repolho e couve-flor), que são ricas em isotiocianatos e sulforafano, importantes compostos para a detoxificação hepática. A gema de ovo, por sua riqueza em colina, o fígado bovino, por conter nutrientes específicos para a saúde hepática, e especiarias como o coentro, também são fontes alimentares valiosas para a manutenção da saúde do fígado.

Tabela de Suplementos

Suplemento Dosagem Modo de usar Benefícios
Silimarina 150mg 2x ao dia com refeições Proteção hepática geral, antioxidante
Silimarina 210mg 3x ao dia com refeições Tratamento de esteatose hepática não alcoólica
Berberina 300mg 2x ao dia com refeições Controle glicêmico
NAC 400mg 3x ao dia com refeições Detoxificação
Selênio 50mcg 3x ao dia com refeições Saúde da pele
Carvão ativado 500mg 2x ao dia em jejum Detoxificação

Conclusão

O Cardo Mariano, através de seu componente ativo silimarina, apresenta-se como um suplemento versátil e eficaz para a saúde hepática e sistêmica. Sua eficácia é potencializada quando utilizado em conjunto com uma dieta adequada e outros suplementos sinérgicos, sempre considerando as necessidades individuais e o contexto clínico específico.


Referências

Gillessen A, Schmidt HH. Silymarin as Supportive Treatment in Liver Diseases: A Narrative Review. Advances in Therapy, v. 37, n. 4, p. 1279–1301, 2020. Disponível em: PubMed PMID.
Aghemo A, et al. Role of silymarin as antioxidant in clinical management of chronic liver diseases. Journal of Clinical and Translational Hepatology, v. 10, n. 3, p. 387–396, 2022. Disponível em: PubMed PMID.
Solhi H, Ghahremani R, Kazemifar AM, Hoseini Yazdi Z Silymarin in treatment of non-alcoholic steatohepatitis: A randomized clinical trial. nais de Medicina, Volume 54, 2022 - Edição 1. Disponível em: PubMed PMID